segunda-feira, janeiro 04, 2016

Um tripé para o Futuro!



Desde os tempos em que eu era articulista do Torcedor Coral eu não escrevo tanto sobre o Santa Cruz. Passada a euforia do acesso, é hora de (re) pensar o clube. É uma oportunidade de ouro para o planejamento e crescimento do Mais Querido, que não pode ser desperdiçada como foi em 2005 (onde o nosso momento ante os rivais era ainda melhor).
Quero escreve sobre três fatores, que no meu entender, ajudarão o Santa Cruz a se fortalecer e a encurtar o gigantesco abismo de arrecadação em que o clube se encontra frente aos maiores clubes do país e ao maior rival, cujas cotas estabelecidas pela TV promovem uma disparidade econômica e esportiva, para uma mesma competição e grau de dificuldade.

Revelar e vender jogadores

Essa teria que ser uma obsessão do Santa Cruz. Revelar e desenvolver talentos. Para a sobrevivência e auto-suficiência financeira do clube. Não digo isso afirmando que não devemos segurar nossos talentos para formar bons esquadrões. Afirmo que deveríamos revelar talentos em quantidade suficiente para negociações sem desmanche de elenco.
Descobrir craques é algo raríssimo. São pedras preciosas, cada vez mais disputadas. Mas e os bons jogadores? Os eficientes? Quanto custaria no mercado hoje, um bom lateral direito, com força para apoiar e uma boa capacidade de cruzamento? Um volante que marque bem e saiba sair jogando, com bom passe?
Para isso precisamos de estrutura e de bons profissionais nas nossas divisões de base. Que possam ensinar. Aprendizado é repetição e treinamento. Isso leva ao aperfeiçoamento. E com uma boa estrutura, imagino que seja uma fórmula perfeita.
Um Centro de Treinamento é vital nesse processo. Uma estrutura capaz de oferecer um ambiente capaz de proporcionar a atletas e profissionais do clube um local para darem o seu melhor. Se sem um CT, conseguimos descobrir alguns talentos, imagina com uma estrutura profissional?
E o dinheiro para construir esse Centro? Você deve estar se perguntando. E eu vou responder com: Vendendo jogadores.

Sócios

Ficamos conhecidos como a torcida mais apaixonada do Brasil. Isso certamente tem o seu valor. Mas, na prática é só um título vazio se a torcida não se propuser a sustentar o clube. A discrepância de cotas em relação aos demais clubes da série A é colossal. E como podemos reduzir essa distância? Como minimizar as diferenças de arrecadação dos maiores clubes do sul/sudeste para o Santa?
Eu só vejo uma saída: O apoio em massa da torcida mais apaixonada do Brasil. A torcida do Santa Cruz precisa entender que se associar é tornar o clube mais forte e cada vez mais viável. É fornecer ao clube condições para tentar competir com dignidade na competição mais importante do Brasil. É disponibilizar ao clube a oportunidade de contar com uma renda fixa e assim elaborar um bom planejamento financeiro, que nos permita estruturar e pensar o clube no presente e no futuro. Escreve essas mal-traçadas linhas enquanto o Internacional divulga uma receita de mais de 60 milhões de reais advindas só de sócios. Mais de 100 mil, diga-se de passagem.
Mas a responsabilidade também é do Santa Cruz, de criar condições para que sua torcida possa se associar. Não é só esperar pela paixão dos torcedores (que em épocas de vacas magras, pode flutuar bastante...). O clube precisa entender o perfil da sua torcida e criar produtos diretamente voltados para esse público. Seja uma campanha de sócios, seja uma linha de produtos populares que trarão dividendos e royalties para os nossos cofres.

Gestão

Esse é um ponto em que sem dúvida alguma avançamos bastante. A chegada de Alírio,foi um sopro muito bem vindo de frescor e renovação nas Repúblicas Independentes do Arruda. Em muitos anos temos alguém sem pretensões políticas no comando do clube. Em muitos anos temos alguém com um pensamento de gestão no comando do clube. Esse é um avanço que não podemos perder e onde não podemos admitir retrocessos. Precisamos, cada vez mais, trazer profissionais qualificados (e preferencialmente remunerados) para dentro do clube. Não dá para imaginar uma receita de 50 milhões em 2016 nas mãos de gente despreparada. É um desastre certo (como temos exemplos recentes e próximos para comprovar). Todas as áreas do clube tem que ser geridas profissionalmente. Não deve haver espaço para aventuras e amadorismo.


Estamos num ótimo caminho, mas ainda há muito a conquistar e evoluir. Por um Santa Cruz cada vez mais forte.

Um comentário:

Carlos de Cristo disse...

Olá irmão Leonardo Tricolor!
O que me fez conhecer, vc foi algumas palavra que procurava nas comunidades do Google e que tinha a ver, com uma comunidade que criei, no Whatsapp Futebol e afins. Se quiser entrar basta me chamar no Zap 21-996531909. Rsrsrs dai achei seu blog, e pá, eis aqui em mais um comentário no seu artigo do Santa Cruz que eu simpatizo pois tem um amigo meu aqui da minha rua, C.Alvim na Tijuca Rio de Janeiro que ele é torce para o Santa e pro meu Fluminense, e também eu conheço a trajetória do famoso jogador Grafite, time que o revelou, e os filhos dele ao chegarem da Europa, se depararam com fotos em Outdoor, receptividade nas ruas, do Grafite e ficaram emocionados pela grande festa.
Abraço fera!